Durante o século XIX, o estilista Jum Nakao ganhou destaque. Com suas criações, simples folhas de papel ganhavam forma e vida. Utilizava-se de formas rendadas e bordadas de cor branca, com a intenção de criar surpresa em todos, inclusive nas próprias modelos. Assim, organizou um desfile que causaria um choque.
As roupas eram feitas de papel, as perucas todas iguais, pintadas de preto e feitas de plástico. A maquiagem destacava a sobrancelha e os lábios em preto e os cílios em branco, causavam uma impressão de olhos fundos e sombrios nas modelos.
Durante o desfile, a música conduzia o olhar e atenção de todo o público e a trilha sonora, deveria se encaixar perfeitamente com a luz e o cenário da passarela. Aparentemente o público ficou muito surpreso com esse desfile, que segundo eles foi inacreditável. Durante esse momento, via-se a expressão de todos que deparavam com uma informalidade.
Todo o desfile de Jum Nakao representou a queda dos desfiles formais, com a destruição das roupas feitas de papel, modificação da luz e trilha sonora conforme o movimento das modelos. Essa então, foi a despedida do estilista.
No show mais marcante da história da moda brasileira, Jum Nakao e sua equipe questionariam a necessidade de desconstruir conceitos para construir um pensamento mais livre. Foi uma quebra de paradigmas. A moda foi o veículo para um debate cujas fronteiras são delimitadas pelo pensamento de cada indivíduo.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
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